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Guia da UNESCO de utilização de dispositivos móveis em sala de aula

15 Jun

Os benefícios e as vantagens do mobile learning (m-learning) estão despertando interesse dos governos do mundo inteiro para utilizar tecnologias móveis no aprendizado online.

A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) publicou um guia digital com recomendações para ajudar a implementar a aprendizagem móvel. O guia apresenta experiências de tecnologias móveis para o ensino/aprendizado, ferramentas para o trabalho em sala de aula,  materiais de referência e métodos de trabalho na aprendizagem online.

Veja abaixo o infográfico Policy Guidelines for Mobile Learning com as 10 recomendações e os 13 bons motivos para utilizar as tecnologias móveis em sala de aula.

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Como escolher o formato adequado de cursos online para multiplataforma

10 Apr

Os diversos cursos e-learning desenvolvidos e utilizados atualmente nas empresas não se adaptam aos dispositivos móveis. A maioria deles foi desenvolvido com resolução de tela para monitores sem tecnologia touch screen de computadores desktop com os padrões de 800 por 600 ou 1024 por 769 pixels e com a tecnologia Flash da empresa Adobe Systems. Os dispositivos móveis mais utilizados têm monitores menores com touch screen e não aceitam a tecnologia Flash. Portanto, os cursos e-learning desenvolvidos pelas principais universidades corporativas do Brasil são incompatíveis com os dispositivos móveis. Os dispositivos móveis mais utilizados atualmente como smartphones e tablets mudaram a tradicional interação humano-computador com a substituição do uso do mouse, pois esses dispositivos utilizam a tecnologia touch screen (tela sensível ao toque).

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A utilização de dispositivos móveis não para de crescer, de acordo com a pesquisa da empresa Gartner, a rápida proliferação dos dispositivos móveis de consumidores está mudando o ambiente tradicional de TI nas empresas, sendo que 90% das companhias já implementaram dispositivos móveis – a maioria smartphones – e 86% das empresas pesquisadas disseram que pretendem também utilizar tablets. A pesquisa foi realizada com mais de 900 empresas que possuem mais de 500 funcionários e Data Centers in-house no Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Austrália, Rússia, Índia, China e Japão.

Já desenvolvi cursos online em diversos formatos. Acredito, que a melhor opção atualmente para a produção de e-learning no padrão SCORM para hospedagem em LMS (Learning Management System) é no formato HTML5 que funciona em PCs, tablets e smartphones (multiplataforma) como, por exemplo, nos browsers e sistemas operacionais abaixo:

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A linguagem de programação HTML5 (Hypertext Markup Language – versão 5) ainda não está consolidada oficialmente. Segundo a W3C, seu lançamento está previsto para 2014, porém, diversos navegadores já implementaram algumas de suas funcionalidades. O HTML5 é muito utilizado para desenvolvimento de aplicações multiplataforma. Sua eficácia foi comentada por Steve Jobs antes do seu falecimento, quando ele proibiu o uso de Adobe Flash nos dispositivos na Apple (iPad, iPod e iPhone) e indicou o HTML5 como tendência.

Formatos

  • Aplicativo Web

Um Web App é um aplicativo que é acessado via internet ou intranet através de um navegador (browser) que suporta a linguagem de programação que o app foi desenvolvido, como por exemplo HTML5, JavaScript, CSS, ActionScript. Neste recurso, o browser é fundamental para tornar o aplicativo executável. Um aplicativo web é quando ele carrega diretamente no navegador. Sua vantagem é facilidade de atualização e a distribuição sem instalação de software.

  • Aplicativo Nativo

Aplicativos nativos são personalizados para o aparelho desejado com o objetivo de obter maior desempenho de processamento, áudio, acelerômetro, gravação de dados local, GPS, navegação touch screen etc. As principais linguagens de programação são: Objective C (iOS), Java (Android) e Cascade (BlackBerry).

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Portabilidade

A portabilidade é maior no web app. Seu desenvolvimento, manutenção e atualização é realiza uma única vez e funciona em multiplataforma. Já no caso do app nativo, cada dispositivo tem o seu código e características de desenvolvimento. A linguagem de programação é diferente. Desta maneira, a manutenção e evolução são realizadas separadamente para cada dispositivo, aumentando seus custos e o tempo de implantação das atualizações.

Recursos para desenvolver conteúdo multiplataforma em HTML5

1) Conteúdo na tela
É possível ir além dos limites vertical e horizontal, com uso de caixas de rolagem, pop-up e slideshow é possível ter mais conteúdos nas páginas.

2) Pense na usabilidade
Evite elementos próximos demais e menores que 44 pixels por causa do touch screen. A sinalização dos recursos interativos é crucial. Educar o usuário e guia-lo neste novo ambiente é fundamental no planejamento instrucional.

3) Novas possibilidades gestuais (touch screen e acelerômetro)

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5) Sai a seta de Avançar/Voltar e entra o slide
Esse recurso é muito utilizado para navegar entra as telas do curso virtual. É programado em JavaScript através do código:

$("body").on(‘swiperight’, swiperightHandler);
$("body").on(‘swipeleft’, swipeleftHandler);

6) Resolução da tela
Para ajustar o curso no tablet e no PC, a resolução indicada é 1024 X 600. No smartphone, podemos utilizar a resolução de 960 X 640. Portanto, para desenvolver um curso para os três dispositivos (PC, smartphone e tablet) utilize a menor resolução (960 X 640) ou o recurso “media query” para criar um layout diferente para cada tamanho de tela. O media query é utilizado para criar o design responsivo do aplicativo.

7) SCORM
O mesmo padrão SCORM utilizado nos cursos tradicionais em Flash funciona no HTML5.

8) Touch Screen

O recurso Over (mouseover) não existe em dispositivos com touch screen. Utilize no lugar deste recurso o “:active” que funciona quando o dedo está pressionando um elemento interativo.

9) Interatividade
Para customizar os botões, checkboxs e radiobuttons, crie sprites (mapa de imagens) configure manualmente o seu “comportamento”. A utilização de interações de “clicar e arrastar” pode conflitar com a função de “slide” da navegação do curso.

10) Rede Social
Utilize a função Share (compartilhar) das redes sociais Facebook, Google+ e Twitter no seu curso online. O aluno tem a opção de compartilhar a informação como o inicio ou o fim de um curso em sua rede social.

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Conclusão

Para o desenvolvimento de cursos online para multiplataforma devemos considerar os custos de produção e de manutenção/atualização do aplicativo, assim como as funcionalidades e recursos que ele possui. Outro fator importante é a possível reutilização do curso com o padrão SCORM ou AICC que deve enviar os relatórios de desempenho do aprendiz para o LMS armazená-los.

Desta maneira, cabe a cada gestor de e-learning fazer a opção que melhor lhe atende levando em consideração: custo, manutenção, atualização, reutilização e acesso ao curso através dos dispositivos utilizados pelos usuários.

Online pode ser melhor que curso presencial

9 Apr

As principais universidades norte-americanas se lançaram de cabeça no ensino online gratuito. Ano passado, Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) criaram o edX, uma plataforma de cursos abertos para massas (MOOCs, na sigla em inglês). Cada instituição se comprometeu a investir US$ 30 milhões. Meses antes nascia o Coursera, que hoje reúne cursos de 62 universidades, como Stanford e Columbia. Não à toa, 2012 foi eleito o ano dos MOOCs pelo jornal The New York Times.

Só o edX já tem 800 mil alunos inscritos – incluindo 23 mil brasileiros – em 23 cursos: sete do MIT, seis de Harvard, seis da Universidade da Califórnia e quatro da Universidade do Texas.

O mais popular é o de Circuitos e Eletrônica, ministrado por Anant Agarwal, com cerca de 150 mil alunos. Professor do MIT, o indiano foi convidado para ser o primeiro presidente do edX. “Tudo que o aluno precisa é ter vontade de aprender e conexão à internet”, disse ele ao Estado, em sua primeira entrevista à imprensa brasileira.

Os cursos não têm apenas videoaulas expositivas, mas também exercícios e avaliações virtuais. Ao contrário do ensino a distância tradicional, nessa modalidade não há a figura do tutor e grande parte da aprendizagem se dá pela interação entre os alunos nos fóruns de discussão. Quando aprovados, os estudantes recebem um certificado do edX.

“Num futuro não tão distante será comum para as universidades reconhecerem créditos dos MOOCs”, diz Agarwal, que fará na quinta-feira a conferência de encerramento doTransformar, um evento em São Paulo sobre inovação e tecnologia na educação.

Para que servem os MOOCs e quais as vantagens deles?
Promover o acesso de alunos de qualquer lugar do mundo à educação é um grande benefício. Outro, para a universidade, é que ela não precisa sair do câmpus para oferecer cursos. E quando você tem um curso online combinado com ajuda pessoal de um professor, no formato híbrido (blended), descobrimos que a qualidade supera de longe a dos cursos tradicionais presenciais. Assim, um dos grandes benefícios para as universidades também é poder aumentar muito a qualidade da educação no câmpus.

Há quem critique a falta de contato entre aluno e professor.
Mais de uma geração de alunos cresceu com as redes sociais, enviando mensagens de texto e batendo papo virtualmente. São pessoas que se sentem confortáveis em aprender online. Fizemos uma pesquisa com alunos que completaram o curso de Circuitos e Eletrônica. Pedimos para eles compararem o curso online com o tradicional. Os resultados foram surpreendentes: 36% dos alunos disseram que a experiência online foi melhor que a presencial e 63% acharam tão bom quanto. O curso online é muito bom, mas ter contato com um instrutor só melhora o aprendizado.

Como motivar os alunos?
Os cursos do edX são rigorosos. São os mesmos ensinados nos câmpus e a taxa de aprovação varia de 5% a 20%. Isso significa que até 95% dos alunos podem não ser aprovados porque abandonam ou não têm desempenho suficiente. Fora isso, muitos terminam os cursos e não pedem o certificado. Não sabemos quantos podem estar fazendo isso. Então, precisamos ter cuidado com estatísticas. Além disso, os alunos têm de levar o curso a sério e ser ativos, clicar em pelo menos um exercício ou dever de casa. Para os alunos com postura ativa, mas que não conseguem passar, temos várias ideias para engajá-los. Um professor, por exemplo, acessa os fóruns dos alunos, identifica as dificuldades e toda semana produz um vídeo com os pontos fracos. Outra maneira é oferecer material que ajude o aluno, porque às vezes ele não tem o background para acompanhar o curso. Para fazer meu curso de Circuitos é necessário saber equações diferenciais. Mas não ensinamos isso no edX. Então eu sugiro que o aluno assista às videoaulas de Salman Khan (que, aliás, foi meu aluno no MIT). Podemos ainda oferecer cursos híbridos, com apoio de um professor local, o que aumenta a taxa de sucesso. Fizemos isso com a Universidade Estadual de San Jose, da Califórnia. Os alunos assistiram aos vídeos, fizeram exercícios e depois seguiram para aula discutir com o professor. Os resultados foram incríveis. Tradicionalmente este curso tinha uma taxa de reprovação de 21%, mas com o edX caiu para 9%.

Como construir uma relação mais íntima com os alunos?
Acho que a intimidade já existe. Eu, por exemplo, gravo as aulas no mesmo estilo de Salman Khan, escrevendo em um tablet. Recebo e-mails de alunos dizendo que sentem como se estivessem ao meu lado me vendo explicar os conceitos. Eles acham essa relação muito pessoal. É melhor do que ficar na última fileira de um auditório para 500 pessoas vendo uma aula.

Vocês pesquisam o impacto dos MOOCs na educação superior. O que descobriram?
Estamos capturando dados dos alunos no edX: como eles aprendem, de onde vêm, quais exercícios acertam e quais erram, que tipo de material usam. Com isso podemos melhorar o modo pelo qual eles aprendem. Em um curso, separamos os alunos em dois grupos para verificar quem se sairia melhor de acordo com as ferramentas que utilizavam. Em outro caso, um professor de Harvard quis saber, com base nos dados gerados pela plataforma, quais recursos os alunos utilizavam em diferentes momentos. Ele descobriu que, quando os alunos resolvem o dever de casa, acessam bastante os vídeos. Mas quando fazem o exame final, olham muito o livro-texto.

O governo de São Paulo lançou um programa de inclusão de alunos de escolas públicas nas universidades estaduais que prevê, para parte dos cotistas, um curso semipresencial de dois anos, com certificação. Se aprovado, haverá uma formação generalista com o objetivo de chegarem mais preparados à universidade. O projeto recebeu críticas porque, entre outros motivos, os alunos de escolas públicas teriam menos atenção nesse modelo. Qual sua opinião?
Acho que uma maneira de o ensino superior se desenvolver é, em vez de trazer os alunos para os câmpus por quatro anos, deixá-los fazer disciplinas online por um ano, depois passar dois anos na universidade e, no último ano, fazer um estágio e mais atividades online. Esse projeto parece uma boa ideia, mas eu teria de olhar mais a fundo a plataforma, para saber como ela é. Muitas ainda estão em desenvolvimento. Ela terá um componente social forte? Haverá fóruns de discussão? Como será a interface do usuário? Tudo isso é importante para manter o aluno motivado. Eu teria de conhecer esses aspectos, mas pode ser uma boa ideia se a plataforma for muito boa.

 

Fonte: Estadão

B-Learning: pontos desfavoráveis da modalidade virtual (parte 5 de 5)

17 Mar

Este é o último texto sobre Blended Learning. Ao longo de 3 semanas, publiquei 5 posts sobre os pontos favoráveis e desfavoráveis das modalidades presencial e virtual de ensino/aprendizado.

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Na modalidade virtual, uma das maiores dificuldades é a resistência na implementação desta metodologia. Segundo Ricardo (2005), em momentos de crise, as maiores chances de sobrevivência não necessariamente estão nas mãos dos mais fortes ou mais inteligentes, mas sim nas daqueles que se adaptam melhor e mais rapidamente às mudanças. Nesse caso, até mesmo a tecnologia, entendida como o conhecimento aplicado na criação ou no aperfeiçoamento de produtos e serviços, possibilita a valorização do fator humano e deve ser encarada como um benefício pelas pessoas que apresentam resistência à modalidade.

Para Rosenberg (2008) seria muito bom acreditar que a simples aplicação de novos métodos e tecnologias promoveria uma fantástica revolução no aprendizado organizacional. Mas é um engano imaginar que apenas a implantação de uma arquitetura de aprendizado e de desempenho habilitaria uma empresa inteligente, pois somente a implementação não é uma mudança comportamental. A gestão da mudança é composta de uma série de estratégias que focam em garantir que uma organização e seus funcionários estejam comprometidos e sejam capazes de executar estratégias de negócios orientadas ou habilitadas pela inovação. Sua meta é fazer com que uma empresa avance na direção de seus objetivos ao melhorar a presteza e a motivação da força de trabalho em aceitar e tirar proveito da mudança.

Além da resistência na implementação, um ponto desfavorável na modalidade virtual é a dificuldade de prender a atenção da pessoa e garantir seu envolvimento e participação, de acordo com Tori (2010).

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De acordo com Ricardo (2005), a defasagem das organizações não será solucionada apenas com a inclusão do computador conectado à internet. O essencial é uma aprendizagem baseada na comunicação que não separa emissão e recepção, mas que cria conhecimento a partir da participação conjunta.

Já Rosenberg (2008) cita como pontos desfavoráveis na modalidade virtual a falta de confiança em algo novo, além da falta de reflexão, diálogo e feedback, presentes na modalidade presencial.

 

Referências:

RICARDO, Eleonora Jorge. Educação Corporativa e educação a distância. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005.

TORI, Romero. Educação sem distância: as tecnologias interativas na redução de distâncias em ensino e aprendizagem. São Paulo: Editora Senac, 2010.

ROSENBERG, Marc J. Além do e-Learning. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008.

MOOC

14 Mar

Neste post, vou definir o conceito MOOC – Massive Open Online Course (Curso Online Aberto em Massa) e mostrar o seu lado “negro”.

Um curso MOOC é aberto (gratuito) e visa o acesso e a participação em grande escala. O ano passado (2012), tornou-se o ano do MOOC com a expansão de plataformas como Coursera, o Udacity e OpenClass.

Conheça no vídeo abaixo o que é um MOOC e como ele funciona:

 

O MOOC também tem gerado críticas e questionamentos como mostra o infográfico abaixo:

 

Acho que o MOOC não é “modinha” e veio para ficar (principalmente na educação informal), pois é uma forma de aprendizado virtual que estimula a interatividade entre os participantes. Muitos MOOCs foram desenvolvidos na teoria conectivista de George Siemens e Stephen Downes, enfatizando que a aprendizagem e o conhecimento surgem a partir que uma rede de conexão.

B-Learning: benefícios da modalidade virtual (parte 4 de 5)

12 Mar

De acordo com Rosenberg (2008), é possível suprir as necessidades da modalidade presencial com a modalidade virtual, pois enquanto nas atividades presenciais há maior contato entre os participantes, feedback instantâneo entre outras vantagens, nas atividades virtuais a aprendizagem pode ser complementada, reduzindo a necessidade de encontros presenciais. Afirma ainda que, se na modalidade presencial é mais fácil socializar e proporcionar feedbacks, nas atividades virtuais é possível atender a diferentes estilos e ritmos de aprendizagem.

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Embora a modalidade presencial continue tendo um papel importante, não pode ser o único ou mesmo o modelo-padrão. Similarmente ao cursos presenciais, o propósito dos cursos virtuais é fornecer instrução: um conjunto estruturado de atividades desenhadas para atingir objetivos específicos de aprendizado e o objetivo esperado das duas modalidades é a construção de habilidades específicas e desenvolvimento de competências.

Superando os limites de uma sala de aula, o curso virtual pode contribuir com pessoas que estejam dispersas geograficamente, possibilitando com isso a participação de números elevados de pessoas em um curso. Essa particularidade pode melhorar a eficiência do curso, possibilitando que mais instruções sejam transmitidas a mais pessoas sob um custo menor. Os conteúdos de um curso podem ser divididos em módulos menores, oferecendo às pessoas mais flexibilidade na realização. Além disso, a capacidade de envolver mais pessoas rapidamente pode ser uma vantagem estratégica significativa. Muitas empresas encontram dificuldades em treinar profissionais com suficiente agilidade e quando os profissionais têm acesso mais direto à instrução por meio da tecnologia, a vantagem competitiva, sob a forma de um tempo mais curto para obtermos a competência, é autoevidente. Outro ponto favorável é a possibilidade de atualização do conteúdo de um curso virtual no momento em que há mudanças, aumentando a habilidade da empresa de satisfazer as necessidades de pessoas dispersadas que confiam em conteúdo preciso para executar seus trabalhos.

Segundo Eboli (2004) a flexibilidade é um ponto importante, pois assistir a uma aula no domingo de manhã ou à noite porque é o único momento disponível na semana, especialmente para as pessoas que apresentam maior facilidade de concentração naquele período, contribui muito para a aprendizagem.

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dentre as quais, não podemos deixar de registrar a maior adequação das
soluções a distância à realidade do mundo dos negócios, e mais precisamente
às exigências de gestão de pessoas.
(Ricardo, 2005, p. 202).

 

Referências:

EBOLI, Marisa. Educação Corporativa no Brasil: mitos e verdades. 4.ed. São Paulo: Editora Gente, 2004.

ROSENBERG, Marc J. Além do e-Learning. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008.

RICARDO, Eleonora Jorge. Educação Corporativa e educação a distância. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005.

Learning Solutions 2013

11 Mar

Nesta semana, a comunidade de eLearning se reúne para aprender, compartilhar e se conectar em torno de um objetivo comum: criar experiências de aprendizagem mais envolvente e eficaz.

O evento Learning Solutions 2013 Conference & Expo acontece em Orlando nos EUA entre os dias 13-15 de março. Ele é organizado em três áreas: Gestão, Desenho e Desenvolvimento. É projetado para ajudar todos os profissionais de educação. Clique aqui para acessar o site do evento.

B-Learning: pontos desfavoráveis da modalidade presencial (parte 3 de 5)

8 Mar

Como pontos desfavoráveis na modalidade presencial Rosenberg (2008) e Tori (2010) citam que em uma aula expositiva para um grande número de profissionais a presença física do instrutor pode servir para encobrir deficiências pedagógicas e de preparação de aulas, além de das limitações de uma sala de aula não consegue ter escala, sendo limitada sua capacidade de atender a demanda pelo quadro de instrutores disponível e tamanho do espaço físico. Quanto maiores a demanda e o senso de urgência, mais tênue é a capacidade da organização de atender as necessidades por meio de um curso presencial de qualidade.

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Além disso, a sala de aula não consegue lidar com a velocidade com que o conhecimento muda, requerendo treinamentos dispendiosos. Esse problema é exacerbado conforme cresce o número de pessoas que precisam se atualizar. Além disso, há um custo alto se os que demandam atualização ou novo conhecimento têm de esperar por uma vaga em uma sala de treinamento a ser aberta. Os cursos presenciais também não costumam permitir uma programação flexível, em contrapartida aos virtuais, que são descentralizados e flexíveis.

Outro ponto importante é a falta de instrutores qualificados, pois nos cursos presenciais, os instrutores devem ser especialistas no assunto e ter a experiência necessária para ensinar. Se eles não forem especialistas e se não tiverem conhecimento em métodos de ensino, o aprendizado pode ficar prejudicado. A consistência e padronização da mensagem também podem ser pontos desfavoráveis, pois a existência de inúmeros instrutores, bem como a disseminação pelo tempo e distância, nem sempre pode ser confiada como fornecedora de uma mensagem consistente. A expertise e experiência dos instrutores podem ser divergentes e criar situações nas quais diferentes grupos de pessoas ouvem diferentes coisas e recebem instrução heterogênea, segundo Rosenberg (2008).

 

Referências:

ROSENBERG, Marc J. Além do e-Learning. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008.

TORI, Romero. Educação sem distância: as tecnologias interativas na redução de distâncias em ensino e aprendizagem. São Paulo: Editora Senac, 2010.

B-Learning: benefícios da modalidade presencial (parte 2 de 5)

5 Mar

Vamos começar pela modalidade presencial que é a mais utilizada atualmente. Na sequencia, publicarei os pontos desfavoráveis nesta modalidade.

De acordo com Tori (2010), as atividades educacionais desenvolvidas de forma presencial facilitam a interação entre o participante e instrutor e entre os próprios participantes, além de propiciar ao instrutor a obtenção instantânea e contínua de feedbacks.

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Como afirma Rosenberg (2008), a modalidade presencial é o método mais famoso de promoção do aprendizado. Os benefícios são inúmeros, como o fornecimento e desenvolvimento rápidos, especialmente para pequenos grupos de pessoas; um instrutor especialista liderar o processo de aprendizado, que é particularmente importante se o conteúdo for novo, irregular ou complexo. Além disso, as atividades presenciais proporcionam ótimas oportunidades para o trabalho em equipe, solução grupal de problemas e formação de vínculos entre os participantes. Também é possível que instrutores qualificados observem e promovam feedback especializado, atuando como conselheiros em tempo real, podendo facilitar discussões profundas, determinar a fase de experimentações e ajudar os participantes a lidar com fracassos e riscos.

A tecnologia ainda não consegue substituir o contato presencial, mas basta planejar encontros ao vivo dos participantes de cursos virtuais para aumentar a sociabilidade, colaboração e engajamento, reduzindo a evasão e aumentando o aproveitamento, de acordo com Tori (2010).

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Referências:

TORI, Romero. Educação sem distância: as tecnologias interativas na redução de distâncias em ensino e aprendizagem. São Paulo: Editora Senac, 2010.

ROSENBERG, Marc J. Além do e-Learning. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008.

B-Learning: benefícios das modalidades presencial e virtual (parte 1 de 5)

1 Mar

Juntas, as duas modalidades podem trazer benefícios, à medida que cursos presenciais ampliarem a utilização de recursos virtuais e cursos virtuais incorporarem mais atividades presenciais. Dessa forma, ficará cada vez mais difícil separar essas modalidades de ensino. Os resultados obtidos através da utilização das duas modalidades de aprendizagem, chamado blended learning (b-learning), vem despertando interesse crescente entre pesquisadores e educadores, de acordo com Tori (2010).

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Para Ricardo (2005) as organizações educacionais e corporativas precisam integrar o presencial e o virtual, com o objetivo de garantir a aprendizagem, pois é possível encontrar na educação novos caminhos de integração do humano e do tecnológico, da interação do presencial e do virtual.

Quando questionado se a educação a distância substituiria a forma tradicional de ensino ou se é um complemento, o professor Frederic Litto, presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) e coordenador científico da Escola do Futuro da USP, disse que a resposta certa eram as duas coisas, pois professores desatualizados deveriam ser substituídos pelos atualizados e dinâmicos de outros locais, e estes poderiam ser ‘transportados’ virtualmente para qualquer lugar, segundo Eboli (2004).

Para Rosenberg (2008), muitos dos atributos de uma organização que aprende são mais humanos que tecnológicos, como os pontos citados de confiança, reflexão, diálogo e feedback que, de modo geral, são mais bem transmitidas sob um modo pessoal. No entanto, a tecnologia oferece muitas oportunidades para capturar e aumentar conhecimento e, depois, torná-lo acessível a mais pessoas, complementando as interações pessoais mais difíceis em um mundo virtual, descentralizado, dos dias de hoje.

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As duas modalidades quando bem utilizadas para a apropriada necessidade de aprendizado e desempenho efetivamente apresentam resultado. A empresa inteligente faz uso da integração sistemática de abordagens eletrônicas e não-eletrônicas, visando facilitar o aprendizado e o apoio formal e o informal no local de trabalho, consequentemente, melhorando desempenho, segundo Rosenberg (2008).

 

Referências:

TORI, Romero. Educação sem distância: as tecnologias interativas na redução de distâncias em ensino e aprendizagem. São Paulo: Editora Senac, 2010.

RICARDO, Eleonora Jorge. Educação Corporativa e educação a distância. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005.

EBOLI, Marisa. Educação Corporativa no Brasil: mitos e verdades. 4.ed. São Paulo: Editora Gente, 2004.

ROSENBERG, Marc J. Além do e-Learning. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008.