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B-Learning: pontos desfavoráveis da modalidade virtual (parte 5 de 5)

17 Mar

Este é o último texto sobre Blended Learning. Ao longo de 3 semanas, publiquei 5 posts sobre os pontos favoráveis e desfavoráveis das modalidades presencial e virtual de ensino/aprendizado.

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Na modalidade virtual, uma das maiores dificuldades é a resistência na implementação desta metodologia. Segundo Ricardo (2005), em momentos de crise, as maiores chances de sobrevivência não necessariamente estão nas mãos dos mais fortes ou mais inteligentes, mas sim nas daqueles que se adaptam melhor e mais rapidamente às mudanças. Nesse caso, até mesmo a tecnologia, entendida como o conhecimento aplicado na criação ou no aperfeiçoamento de produtos e serviços, possibilita a valorização do fator humano e deve ser encarada como um benefício pelas pessoas que apresentam resistência à modalidade.

Para Rosenberg (2008) seria muito bom acreditar que a simples aplicação de novos métodos e tecnologias promoveria uma fantástica revolução no aprendizado organizacional. Mas é um engano imaginar que apenas a implantação de uma arquitetura de aprendizado e de desempenho habilitaria uma empresa inteligente, pois somente a implementação não é uma mudança comportamental. A gestão da mudança é composta de uma série de estratégias que focam em garantir que uma organização e seus funcionários estejam comprometidos e sejam capazes de executar estratégias de negócios orientadas ou habilitadas pela inovação. Sua meta é fazer com que uma empresa avance na direção de seus objetivos ao melhorar a presteza e a motivação da força de trabalho em aceitar e tirar proveito da mudança.

Além da resistência na implementação, um ponto desfavorável na modalidade virtual é a dificuldade de prender a atenção da pessoa e garantir seu envolvimento e participação, de acordo com Tori (2010).

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De acordo com Ricardo (2005), a defasagem das organizações não será solucionada apenas com a inclusão do computador conectado à internet. O essencial é uma aprendizagem baseada na comunicação que não separa emissão e recepção, mas que cria conhecimento a partir da participação conjunta.

Já Rosenberg (2008) cita como pontos desfavoráveis na modalidade virtual a falta de confiança em algo novo, além da falta de reflexão, diálogo e feedback, presentes na modalidade presencial.

 

Referências:

RICARDO, Eleonora Jorge. Educação Corporativa e educação a distância. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005.

TORI, Romero. Educação sem distância: as tecnologias interativas na redução de distâncias em ensino e aprendizagem. São Paulo: Editora Senac, 2010.

ROSENBERG, Marc J. Além do e-Learning. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008.

MOOC

14 Mar

Neste post, vou definir o conceito MOOC – Massive Open Online Course (Curso Online Aberto em Massa) e mostrar o seu lado “negro”.

Um curso MOOC é aberto (gratuito) e visa o acesso e a participação em grande escala. O ano passado (2012), tornou-se o ano do MOOC com a expansão de plataformas como Coursera, o Udacity e OpenClass.

Conheça no vídeo abaixo o que é um MOOC e como ele funciona:

 

O MOOC também tem gerado críticas e questionamentos como mostra o infográfico abaixo:

 

Acho que o MOOC não é “modinha” e veio para ficar (principalmente na educação informal), pois é uma forma de aprendizado virtual que estimula a interatividade entre os participantes. Muitos MOOCs foram desenvolvidos na teoria conectivista de George Siemens e Stephen Downes, enfatizando que a aprendizagem e o conhecimento surgem a partir que uma rede de conexão.

B-Learning: benefícios da modalidade virtual (parte 4 de 5)

12 Mar

De acordo com Rosenberg (2008), é possível suprir as necessidades da modalidade presencial com a modalidade virtual, pois enquanto nas atividades presenciais há maior contato entre os participantes, feedback instantâneo entre outras vantagens, nas atividades virtuais a aprendizagem pode ser complementada, reduzindo a necessidade de encontros presenciais. Afirma ainda que, se na modalidade presencial é mais fácil socializar e proporcionar feedbacks, nas atividades virtuais é possível atender a diferentes estilos e ritmos de aprendizagem.

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Embora a modalidade presencial continue tendo um papel importante, não pode ser o único ou mesmo o modelo-padrão. Similarmente ao cursos presenciais, o propósito dos cursos virtuais é fornecer instrução: um conjunto estruturado de atividades desenhadas para atingir objetivos específicos de aprendizado e o objetivo esperado das duas modalidades é a construção de habilidades específicas e desenvolvimento de competências.

Superando os limites de uma sala de aula, o curso virtual pode contribuir com pessoas que estejam dispersas geograficamente, possibilitando com isso a participação de números elevados de pessoas em um curso. Essa particularidade pode melhorar a eficiência do curso, possibilitando que mais instruções sejam transmitidas a mais pessoas sob um custo menor. Os conteúdos de um curso podem ser divididos em módulos menores, oferecendo às pessoas mais flexibilidade na realização. Além disso, a capacidade de envolver mais pessoas rapidamente pode ser uma vantagem estratégica significativa. Muitas empresas encontram dificuldades em treinar profissionais com suficiente agilidade e quando os profissionais têm acesso mais direto à instrução por meio da tecnologia, a vantagem competitiva, sob a forma de um tempo mais curto para obtermos a competência, é autoevidente. Outro ponto favorável é a possibilidade de atualização do conteúdo de um curso virtual no momento em que há mudanças, aumentando a habilidade da empresa de satisfazer as necessidades de pessoas dispersadas que confiam em conteúdo preciso para executar seus trabalhos.

Segundo Eboli (2004) a flexibilidade é um ponto importante, pois assistir a uma aula no domingo de manhã ou à noite porque é o único momento disponível na semana, especialmente para as pessoas que apresentam maior facilidade de concentração naquele período, contribui muito para a aprendizagem.

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dentre as quais, não podemos deixar de registrar a maior adequação das
soluções a distância à realidade do mundo dos negócios, e mais precisamente
às exigências de gestão de pessoas.
(Ricardo, 2005, p. 202).

 

Referências:

EBOLI, Marisa. Educação Corporativa no Brasil: mitos e verdades. 4.ed. São Paulo: Editora Gente, 2004.

ROSENBERG, Marc J. Além do e-Learning. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008.

RICARDO, Eleonora Jorge. Educação Corporativa e educação a distância. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005.

Learning Solutions 2013

11 Mar

Nesta semana, a comunidade de eLearning se reúne para aprender, compartilhar e se conectar em torno de um objetivo comum: criar experiências de aprendizagem mais envolvente e eficaz.

O evento Learning Solutions 2013 Conference & Expo acontece em Orlando nos EUA entre os dias 13-15 de março. Ele é organizado em três áreas: Gestão, Desenho e Desenvolvimento. É projetado para ajudar todos os profissionais de educação. Clique aqui para acessar o site do evento.

Desenvolvimento do capital intelectual

27 Feb

De acordo com Ricardo (2005), falar de capital intelectual e gestão do conhecimento é falar de recursos humanos (RH), pois em ambos os casos estamos falando de pessoas, suas competências, habilidades, experiências e conhecimentos. Desenvolver o capital intelectual de uma organização significa desenvolver os talentos que a compõem.

Estratégias educacionais eficazes

Os responsáveis pela concepção, desenho e implementação das ações de desenvolvimento e dos programas educacionais devem aprofundar seus conhecimentos sobre educação, pedagogia e andragogia para definir estratégias educacionais eficazes no que diz respeito à transmissão da cultura organizacional, segundo Eboli (2004).

Um dos principais desafios em recursos humanos é a transformação do conhecimento contido nos indivíduos em conhecimento organizacional de maneira a promover o processo de aprendizagem organizacional, pois as competências essenciais tendem a aumentar na medida em que são utilizadas e compartilhadas, segundo Mundim e Ricardo (2004).

Compartilhar conhecimentos: a principal estratégia de aprendizagem

Segundo Ricardo (2005), compartilhar conhecimentos é a principal estratégia de aprendizagem, pois contribui para que a cultura organizacional caminhe em direção a uma cultura de aprendizagem contínua. Para gerar esse processo de aprendizagem, algumas atitudes são essenciais, segundo FLEURY e FLEURY (1995): busca permanente de inovação; capacitação e qualificação de pessoas; democratização do processo de aprendizagem e compartilhamento dos objetivos organizacionais entre todos os envolvidos.

Desenvolvimento contínuo da cultura de aprendizagem

Para desenvolver esta cultura de aprendizagem contínua, as empresas investem no desenvolvimento das competências dos profissionais que nela atuam e para tanto, as duas modalidades mais utilizadas nas empresas é a presencial e a virtual. A utilização das duas modalidades juntas na estratégia de aprendizagem é chamada de Blended-Learning, ou B-Learning.

Nas próximas semanas, publicarei textos sobre B-Learning, divididos em:

  • Benefícios das duas modalidades (b-learning).
  • Benefícios da Modalidade Presencial.
  • Pontos desfavoráveis da Modalidade Presencial.
  • Benefícios da Modalidade Virtual (e-learning).
  • Pontos desfavoráveis da Modalidade Virtual (e-learning).

 

 

Referências:

EBOLI, Marisa. Educação Corporativa no Brasil: mitos e verdades. 4.ed. São Paulo: Editora Gente, 2004.

RICARDO, Eleonora Jorge. Educação Corporativa e educação a distância. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005.

MUNDIM, Ana Paula Freitas; RICARDO, Eleonora Jorge. Educação corporativa: fundamentos e práticas. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.

Primeiro post

19 Feb

Primeiro post

No meu primeiro post deste blog não poderia ser outro assunto, a não ser, o primeiro dia de aula no mestrado TIDD. Cheguei no campus de Ciências Exatas e Tecnologia da PUC atrasado, mas desta vez não foi culpa minha, verdade! Hoje, choveu muito em São Paulo, estava um transito caótico, árvores caídas e ruas alagadas pela cidade. Quando entrei no prédio e passei pela portaria, veio um filme na minha cabeça, comecei a lembrar do primeiro dia de aula da faculdade que também cursei neste local. 

Recordações

Comecei a lembrar de muitas coisas boas que aconteceram ao logo dos quatro anos que estudei no curso de Tecnologia e Mídias Digitais, as aulas no laboratório de informática, as palestras no auditório, as conversas nas mesas da cantina da Naide. Fiz muitos amigos e conheci gente bacana que faz parte da minha vida até hoje. Neste local, também foi o meu primeiro estágio na área. Tive a oportunidade de trabalhar no Núcleo de Computação Cientifica por dois anos e meio. Só sai deste estagio quando surgiu a oportunidade de trabalhar com e-learning. Foram bons tempos que não voltam, mas por um acaso do destino, estou tendo o prazer de voltar às raízes acadêmicas estudando na minha área de trabalho com professores que são referências no mercado.

Aula

Como todo bom início de aula, não é dentro da sala, mas sim no boteco mais próximo. Sou calouro no mestrado e fui comemorar. Um brinde ao início das aulas! Viva!