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Utilização de imagens no e-learning

17 Oct

“Uma imagem vale mais que mil palavras”, esse é um ditado muito popular relacionado com a compreensão de determinada situação a partir do uso de recursos visuais, ou a facilidade de explicar algo com imagens.

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Fonte: goo.gl/Jra854

A utilização de imagem como recurso para o processo de ensino-aprendizagem em cursos no formato e-learning é muito importante, mas nem sempre é empregada com sucesso e consequentemente não contribui efetivamente para a aprendizagem. Geralmente, o profissional responsável pela definição do recurso visual do curso online é o designer instrucional (DI), que algumas vezes não sabe definir o tipo de imagem que apoiará o aluno na construção do conhecimento.

Para definir o recurso visual adequado em cursos online é necessário que o DI saiba qual imagem poderá potencializar o processo de aprendizagem. É importante que o DI compreenda quando e como projetar recursos visuais efetivos, bem como quando evitá-los completamente.

Neste post vou apresentar as funções comunicativa e cognitiva da imagem e como ela contribui no processo de ensino-aprendizagem de cada um dos tipos de conteúdo. O objetivo é apresentar aos DI’s os formatos, características e funções das imagens e suas possíveis influências como recurso do processo de ensino-aprendizagem em cursos online. Espero que se apropriando destas informações, os DI’s possam elaborar materiais didáticos mais eficazes para e-learning.

Imagem

A imagem é um termo que provem do latim “imago” e que se refere à figura, representação, semelhança ou aparência de algo e também é a representação visual de um objeto através de técnicas da fotografia, da pintura, do desenho, do vídeo, da animação.

A relação entre imagem e texto é antiga, deste o ano de 1970 crescemos assistindo televisão, jogando videogame, colecionando álbum de figurinhas e atualmente as crianças já navegam pela internet desde muito cedo. Segundo Nogueira (2008) a utilização de imagens vem desde a antiguidade, na era paleolítica era utilizada por meio de desenhos rupestres feitos com sangue e argila para representar os seus rituais. As imagens também estavam presentes nas escritas egípcias, nos hieróglifos com diversos significados diferentes. O uso de gráficos na educação também tem uma longa história. O uso de ilustrações em livros escritos em Inglês, especialmente aqueles destinados a crianças, era comum em 1840 (Slythe, 1970).

Nos cursos online, a imagem é subentendida como qualquer elemento não-textual presente em materiais educacionais, como fotografias, animações, gráficos e vídeos. De acordo com Almeida (2011, p. 43) para quebrar a monotonia da leitura, o texto deve incluir imagens atrativas, harmônicas, que provoque surpresa no leitor. Elas devem cumprir o papel de ressaltar os temas fundamentais e provocar rupturas na ordem linear do texto, subvertendo a ordem de percepção, possibilitando o aprofundamento e a apropriação do tema.

Atualmente, é muito comum as imagens aparecerem nos cursos online, nos ambientes virtuais de aprendizagem e em materiais complementares, apoiando ou não textos verbais. De acordo Roland Barthes (1977) apud Santos (2012, p. 235) há três possibilidades em que as imagens se inter-relacionam: 1) Ancoragem (texto apoiando imagem) – tem a função de conotar e direcionar a leitura, propondo um viés de leitura da imagem; 2) Ilustração (imagem apoiando texto) – a imagem é que esclarece o texto, expandindo a informação verbal; 3) Relay (texto e imagem são complementares) – há uma integração das linguagens. São exemplos os cartoons e as tiras cômicas. Nem texto nem imagem são auto-suficientes. Desta forma, podemos ter casos em que o texto apoia a imagem, a imagem apoia o texto ou, os dois, imagem e texto, estabelecem uma relação de complementação e interdependência. 
Souza (2009) estabelece outras funções didáticas atribuídas à imagem, dentre elas:

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As imagens têm diversas funções que podem servir de subsídio para a aprendizagem se colocadas adequadamente de acordo com os objetivos educacionais propostos no curso online. Conforme Clark e Lyons (2011), a importância instrucional de uma imagem depende de três fatores que estão interligados os quais serão explicados a seguir:

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1 – Características da Imagem
Para definir uma imagem de um curso online, o DI deve levar em consideração não só os aspectos visuais (ilustração, fotografia, infográfico etc.), mas sim a função comunicativa e cognitiva. Veja na tabela abaixo as características da imagem quanto ao seu aspecto/formato, segundo Clark e Lyons (2011):

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Fonte: Clark & Lyons (2011). Disponível em: goo.gl/6wzn37

Nas imagens do tipo Estática, a ilustração é recurso visual mais utilizado nos cursos e-learning do mercado brasileiro. O ilustrador é um profissional comum em equipes que desenvolvem cursos online. A fotografia é um formato também bastante utilizado, porém muitas vezes é difícil encontrar uma foto exatamente como deve ser para compor um conteúdo educacional. O formato modelado (3D) ainda é um recuso caro para desenvolvê-lo.

O tipo de imagem Dinâmica mais utilizado atualmente é o vídeo, cujo custo de produção está ficando mais em conta e a banda de conexão de internet está aumentando sua velocidade, possibilitando seu acesso com facilidade e rapidez. A animação ainda é bastante utilizada, principalmente quando o curso online é produzido com o software Adore Flash. Já a realidade virtual ainda está pouco acessível devido ao alto custo de desenvolvimento.

Existem vários aspectos visíveis que o DI deve levar em consideração, como o que se pretende mostrar, explicar ou demonstrar para definir o tipo de imagem a ser utilizada adequadamente. Por exemplo, uma imagem estática pode ser útil para demonstrar como algo funciona, com explicações passo a passo. Já uma animação se adequa melhor quando o objetivo é ensinar habilidades que envolvam movimento.

1.1 – Funções Comunicativas da Imagem

Ainda segundo Clark e Lyons (2011), assim como usamos a gramática para organizar as palavras com o objetivo de transmitir uma informação, é preciso pensar em formas de organizar as imagens de modo que as mesmas comuniquem o que queremos dizer ao aprendiz. A próxima tabela mostra uma taxonomia das funções comunicativas das imagens.

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Fonte: Clark & Lyons (2011). Disponível em: goo.gl/8teUqu

1.2 – Funções Cognitiva da Imagem

Na função cognitiva da imagem é preciso evitar o uso de imagens que não contribuem efetivamente para a aprendizagem daquele determinado conteúdo. Imagens com função meramente decorativa devem ser evitadas, pois podem distrair o aluno. Na tabela abaixo, veja como as imagens podem facilitar alguns processos cognitivos.

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Fonte: Clark & Lyons (2011). Disponível em: goo.gl/WEUkMK

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2 – Conteúdo e Objetivo Educacional

Clark e Mayer estabelecem cinco tipos diferentes de conteúdo (Clark 2007 apud Clark & Mayer, 2008): Fato, Conceito, Processo, Procedimento e Princípio. Veja na próxima tabela como cada imagem, de acordo com sua função comunicativa, contribui no processo de ensino-aprendizagem de cada um dos tipos de conteúdo.

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Fonte: Clark & Lyons (2011). Disponível em: goo.gl/Z807N7

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3 – Características dos Alunos

As características dos alunos devem ser levadas em consideração ao planejar instrucionalmente o uso de imagens como recurso educacional. É importante realizar o levantamento de necessidades educacionais antes de iniciar um projeto educacional, principalmente para saber se os alunos já têm um conhecimento prévio em relação ao conteúdo do curso online. Pesquisas realizadas (Mayer & Gallini, 1990; Canham & Hegarty, 2010; Kalyuga, 2005; Kalyuga & Renkl, 2010 apud Clark & Lyons, 2011) mostram que o uso de imagens efetivamente promove melhorias na aprendizagem dos estudantes novatos ou mais inexperientes. Para os mais experientes, a imagem não é tão importante porque, ao ler o texto, eles conseguem criar uma imagem mental acerca do conteúdo abordado. Portanto, a quantidade e o tipo de imagens a serem utilizadas em um  material educacional para alunos novatos é maior e diversificada.

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Conclusão

Diversos estudos realizados identificam que o uso de imagem em e-learning contribui ou facilita a compreensão do conteúdo estudado. A imagem não deve ser utilizada apenas como algo para ilustrar um texto, mas como forma de possibilitar aos alunos uma maior interpretação e compreensão do material teórico.

Defina os objetivos educacionais e identifique os tipos de conteúdo que você está trabalhando para determinar corretamente a função cognitiva e comunicacional da imagem que será inserida no conteúdo do curso online.

 

Referências

ALMEIDA. M. das Graças M. O material didático escrito para a educação a distância concepção e elaboração. Maceió: EDUFAL, 2011.

CLARK, Ruth Colvin; LYONS, Chopeta. Graphics for learning: proven guidelines for planning, designing, and evaluation visuals in training materials. 2 ed. San Francisco: Pfeiffer, 2011.

CLARK, Ruth Colvin; MAYER, Richard. E-learning and the science of instuction: proven guidelines for consumers and designers of multimedia learning. 2 ed. San Francisco: Pfeiffer, 2008.

SANTOS. W. dos. A utilização de imagens na construção do material didático na ead. Anais 3º Simpósio de Educação e comunicação. Disponível em: http://geces.com.br/simposio/anais/anais-2012/Anais-229-240.pdf.

Slythe, R. (1970). The art of illustration 1750-1900. London: The Library Association.

O uso da imagem no material didático impresso para EAD. Disponível em: <http://www.editorarealize.com.br/revistas/setepe/trabalhos/Modalidade_
1datahora_30_09_2014_15_21_21_idinscrito_97_8f844509494df4ad4d
576098f3b93755.pdf>.

Universidade federal do Rio Grande do Sul, Imagem na Educação. Disponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edu/ImagemEduc/index.html>.

O maior MOOC do Brasil

5 Nov

O MOOC (Massive Open Online Course), como o próprio nome já diz, é um Curso Online Aberto e Massivo. Ele tem como princípio um processo de ensino-aprendizagem online com interação, colaboração e coprodução para uma grande quantidade de alunos, de forma inteiramente gratuita. Durante a realização do MOOC, ocorre uma participação ativa dos alunos que podem modificar a estrutura proposta inicialmente no curso, com o objetivo de atender às suas necessidades de aprendizagem. Os alunos podem compartilhar e produzir novos conteúdos e interagir no fórum de discussão, visando a construção do aprendizado de forma colaborativa. Para participar de um MOOC não é preciso ser um aluno regularmente matriculado em uma instituição de ensino, assim como não há a obrigação do pagamento de nenhuma taxa e o curso deve ter capacidade para suportar um número indefinido de participantes. Os cursos no formato MOOC são totalmente gratuitos e abertos para qualquer tipo de público.

O termo MOOC foi criado por Dave Cormier e Bryan Alexander, em 2008, e o primeiro curso neste formato também surgiu, neste mesmo ano, desenvolvido por George Siemens e Stephen Downes, que ofereceram o curso online sobre Connectivism and Connective Knowledge para mais de 2 mil alunos. O pioneiro Cormier define o MOOC como “um curso aberto, participativo, distribuído e aberto – não é simplesmente um curso online, é um evento em torno do qual pessoas que se interessam por determinado assunto se reúnem e refletem sobre esse assunto.”

Umas das primeiras universidades a apostar no formato MOOC foi a Stanford, em 2011, com o curso de Inteligência Artificial, que atraiu 160 mil alunos. Atualmente, a principal plataforma desta modalidade é o Coursera.org, que reúne 62 instituições e já recebeu mais de 9 milhões de alunos em todo o mundo. O Coursera anunciou os primeiros cursos desenvolvidos em língua portuguesa. O Brasil é o quinto maior mercado da empresa que, nos próximos meses, terá 28 cursos disponíveis no site.

O MOOC chegou ao Brasil com muita força. A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Brasília (UnB) já disponibilizam alguns cursos neste formato. O primeiro MOOC em língua portuguesa foi o MOOC EaD, sobre Educação a Distância, que foi coordenado pelos professores João Mattar e Paulo Simões com o apoio do TIDD (Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e da ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância), realizado no segundo semestre de 2012, que teve mais de 5 mil inscritos.

A alta taxa de evasão é o grande problema que impede o crescimento do MOOC. Muitos alunos acabam não concluindo os estudos, uma vez que os cursos são livres, gratuitos e a inscrição pode ser realizada por qualquer pessoa. Para solucionar esse problema, o desafio é pensar em estratégias para que os alunos consigam chegar até o fim dos cursos. Além da questão da evasão, outro problema encontrado pelas universidades que oferecem o MOOC é a dificuldade para comprovar que o aluno aprendeu, já que os métodos de avaliação ainda não estão consolidados. Em alguns casos, para obter um certificado, é preciso fazer uma prova presencial. Algumas plataformas que oferecem os cursos no formato MOOC, como o Coursera, já estão cobrando dos alunos para realizar a prova e emitir o certificado. No Brasil, é necessário o pagamento de uma taxa de R$ 110 para obter o certificado de participação, após a conclusão do curso. É muito provável que esse formato se torne, ao longo do tempo, o modelo de negócio adotado pelas instituições que oferecem os cursos nas principais plataformas.

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A empresa GESTUM – Tecnologia Educacional – implementou o portal do projeto Brasil Mais TI. Inicialmente apresentado ao mercado pela Brasscom, trata-se de um MOOC desenvolvido pelos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC), sob coordenação técnica da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex). O MOOC Brasil Mais TI é acessado em mais de 90 países e atua em três pontos essenciais da formação profissional: conhecimento, capacitação e oportunidade. É o terceiro maior MOOC do mundo, oferecendo mais de 28 cursos em mais de 1,5 mil horas de aula. Entre os cursos disponíveis estão Algoritmo, Comunicação Visual para Web e Java. Segundo uma pesquisa desenvolvida pela Gestum, 3% a 7% dos brasileiros têm interesse ou vocação para a área de TI, um potencial de 3,6 milhões a 8,44 milhões de pessoas que poderiam atuar nesse segmento. O Brasil Mais TI capacitou 33 mil pessoas em sua fase piloto (2012-2013). Nesta nova etapa, a meta é capacitar, até dezembro de 2014, mais 10 mil pessoas e ministrar mais de 100 mil cursos.

Você pode encontrar MOOCs nas principais plataformas como:

Brasil Mais TI – http://www.brasilmaisti.com.br
Apresentado com novas tecnologias e ferramentas desenvolvidas pela Gestum, em parceria com o MCTI, a meta do projeto nesta nova fase é capacitar 10 mil pessoas até dezembro.

Coursera – http://www.coursera.org
O Projeto Coursera Brasil é uma parceria entre a Fundação Lemann e o Coursera, uma das mais importantes plataformas de cursos online gratuitos do mundo.

edX – http://www.edx.org
Plataforma criada pelas universidades americanas Harvard e Massachusetts Institute of Technology (MIT). 

MOOC EaD – http://moocead.blogspot.com.br/
O primeiro MOOC em língua portuguesa.

Udacity – http://www.udacity.com
Oferece cursos online gratuitos na área de Tecnologia e Ciências.

Maximizando os Projetos de E-Learning

17 Oct

Aconteceu na cidade de São Paulo, perto da avenida Paulista, o evento Maximizando os Projetos de E-Learning, organizado pela empresa Gestum Tecnologia Educacional S/A com um público de aproximadamente 75 pessoas.

O evento foi iniciado com a palestra do professor Fernando Arbache que falou sobre gamificação em projetos educacionais. A apresentação foi focada no estudo de caso da FATEC de São José dos Campos em jogos de negócio e gamificação, que tem como objetivo reduzir a evasão e reter os alunos considerados talentos no curso de graduação de logística. Todo o projeto foi realizado através da gamificação do processo de desenvolvimento individual dos estudantes. Após a apresentação da metodologia aplicada, o professor Arbache mostrou os excelentes resultados obtidos com os alunos da FATEC.

A segunda apresentação foi realizada pela supervisora de projetos Isis Distrutti Querino do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Ela mostrou como foi desenvolvido o projeto Reestruturação de Hospitais Públicos que contém 52 cursos e-learning com aproximadamente 30 minutos de duração cada. Os cursos foram produzidos em apenas 6 meses com uma ferramenta da autoria que possibilitou agilizar a montagem dos recursos educacionais com uma equipe de produção dedicada.

A terceira e última apresentação do dia foi realizada por mim. Falei sobre o Desenvolvimento Assertivo de Cursos E-learning. Direcionei o conteúdo da apresentação para falar sobre 10 dicas essenciais para gerenciar a produção de cursos eficazes em e-learning.

As 10 dicas que acredito ser essenciais para produzir e-learning são:

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Ao longo de 11 anos no mercado de e-learning já presenciei vários cases de sucesso e também alguns insucessos que me fizeram refletir o que não deve ser feito e os itens que devemos ter atenção para produzir um curso apropriado. Os cases de sucesso acontecem muitas vezes quando o cliente (gestor de e-learning) participa e acompanha com propriedade de todas as etapas de produção do curso e-learning. A participação e a colaboração do gestor de e-learning é fundamental para o sucesso do projeto.

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Em que o gestor de e-learning deve prestar atenção ao longo do desenvolvimento de um projeto e-learning? Para responder essa pergunta, seguem 10 itens/dicas na apresentação abaixo:

 

Resumo

Utilize o conceito dos 3 P’s para desenvolver um curso e-learning:

· Processo – metodologia.

· Planejamento Instrucional – Levantamento, Objetivo e Estratégia (Avaliação, Interatividade).

· Produção – Qualidade, Cronograma, PIV, Storyboard, Animação.

Muito cuidado também com os 3 P’s:
· Prazo
· Preço
· Promessas.

Coursera – plataforma de cursos online gratuitos terá conteúdo em português

22 Sep

A plataforma educacional Coursera anunciou os primeiros cursos em português. O Brasil é o quinto maior mercado da empresa de educação, que já atendeu mais de 9 milhões de alunos no mundo inteiro.

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Os cursos são gratuitos, mas para obter o certificado de participação após a conclusão é necessário pagar uma taxa de R$ 110 (esse “modelo de negócio” já foi publicado aqui).

Nos próximos meses, 28 cursos estarão disponíveis no site. Os conteúdos dos cursos são feitos pelas parcerias como Fundação Lemann, USP e a Unicamp.

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Fontes:
blog.coursera.org
epocanegocios.globo.com

O M-Learning no trabalho com BYOD

14 Aug

A aprendizagem móvel (m-learning) proporciona flexibilidade de horário e local para estudar. Muitas empresas estão aderindo a essa modalidade de ensino/aprendizagem onde o aluno sai da sala de aula tradicional para acessar um ambiente virtual de aprendizagem por meio de seu dispositivo móvel (smartphones ou tablets).

Atualmente, grande parte dos funcionários das empresas é da geração Y, que é composta por pessoas que nasceram entre 1980 e 1992. A geração Y cresceu usando a tecnologia, como a internet e os jogos eletrônicos. Eles são nativos digitais e as pessoas desse perfil gostam de fazer suas atividades com rapidez e eficiência. Eles gostam de utilizar seus smartphones para comprar (e-commerce), conversar (rede social), estudar (e-learning) etc.

O conceito BYOD (Bring Your Own Device) se refere à prática de fornecer o seu próprio smartphone, tablet ou computador pessoal para o trabalho. O procedimento padrão é a empresa fornecer os dispositivos para os funcionários trabalharem, mas esse formato está mudando. Segundo a pesquisa realizada pela Gartner, até 2017, mais da metade das empresas vão exigir que seus funcionários forneçam seus próprios dispositivos para trabalhar.

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A tendência BYOD tem vários benefícios para os funcionários e as empresas, incluindo:

  • Redução dos custos de suporte de TI.
  • Funcionários mais felizes porque preferem utilizar seus próprios dispositivos.
  • A curva de aprendizado mais curta para os funcionários começarem a usar seus dispositivos para funções de trabalho.
  • Atualização constante dos softwares, pois os funcionários atualizam seus dispositivos pessoais com mais frequência do que as empresas.

A tendência BYOD também tem algumas desvantagens, incluindo questões de segurança da informação, como posse de dados confidenciais em dispositivos pessoais.

Para a área de educação on-line, o BYOD é um facilitador da modalidade m-learning. O maior desafio para o setor de educação on-line das empresas é projetar cursos multiplataforma que funcionem em dispositivos móveis e desktop para atender a necessidade de todos os funcionários.

As empresas podem optar por converter o conteúdo antigo do e-learning para atender as especificações móveis, no entanto, simplesmente modificar a versão desktop pode não resultar em materiais de treinamento de fácil utilização ou fáceis de ler, já que o conteúdo não foi originalmente projetado para dispositivos móveis, com recursos de usabilidade e design responsivo. Outra opção é desenvolver novos conteúdos virtuais quando o tempo e o orçamento permitirem. Um projeto específico para dispositivos móveis fornecerá uma experiência mais uniforme e intuitiva.

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Projetar cursos virtuais para dispositivos móveis é um desafio, mas é claro que BYOD e m-learning estão aqui para ficar. A tendência BYOD é popular entre os alunos da geração Y, pois permite-lhes a liberdade e a flexibilidade para usar seus próprios dispositivos para acessar cursos virtuais. Eles se sentem mais confortáveis e estarão mais “abertos” a aprender no formato m-learning.

10 cursos gratuitos para quem trabalha com tecnologia

1 Aug

Plataformas de ensino online, como as bem conhecidas Coursera e edX, oferecem uma série de curso sobre os mais variados assuntos, inclusive TI e tudo que a envolve – de programação e desenvolvimento a segurança e análise de dados. Confira as opções a seguir.

 

1) Segurança e Usabilidade

Segurança e usabilidade são duas coisas que não necessariamente andam juntas no desenvolvimento de sistemas. Algo muito seguro é quase sempre muito difícil de usar, e algo muito fácil de usar nem sempre é seguro o suficiente. Mas, como esse curso quer ensinar, dá para ao menos tornar a vida do usuário mais fácil, criando e construindo algo com foco na pessoa. As aulas mostrarão os princípios de interação pessoa-máquina, aplicando-os depois ao desenvolvimento de sistemas seguros e tornando-os menos “assustadores” aos usuários. As aulas serão ministradas por Jennifer Golbeck, professora da Universidade de Maryland. Está em inglês, mas há ao menos opção de legendas.

Duração: Começa em 18 de agosto e vai até 13 de outubro.
Inscrições aqui: https://www.coursera.org/course/usablesec

 

2) Introdução à Ciência de Dados

Estendendo-se por oito semanas, o curso se divide em uma série de palestras que falarão de dados, hoje tão importantes para empresas e pesquisas. As apresentações vão falar sobre as “técnicas básicas da ciência de dados, incluindo soluções SQL e NoSQL para gerenciamento massivo de informações, algoritmos para mineração de dados e modelagem estatística báica (como regressão linear e não-linear)”. Não entendeu nada? Então talvez seja uma boa assistir e completar algumas das atividades propostas por Bill Howe, professor da Universidade de Washington. Está em inglês, mas há opção de legendas.
Duração: Começou no último dia 30 de junho e vai até 8 de setembro.
Inscrições aqui: https://www.coursera.org/course/datasci

 

3) Criando apps para Android

Ministrado por funcionários do próprio Google, o curso foi anunciado na última semana e visa trazer mais desenvolvedores para a plataforma móvel da empresa. Pode até ser mais uma jogada da companhia, mas o material fornecido por profissionais da área não deixa de ser valioso, especialmente para quem quer criar algo para um sistema presente em 1 bilhão de dispositivos mundo afora. As aulas são mais adequadas para quem tem pelo menos três anos de experiência programando em Java ou “outra linguagem de programação com orientação ao objeto”, de acordo com a descrição. Se você não tem muita noção ou está enferrujado, sempre dá para apelar para um Codecademy ou similar para aprender ou rever.

Duração: O material das seis lições e do projeto final ficará disponível no Udacity. Com seis horas de aulas por semana, o curso leva cerca de dois meses para ser concluído. O curso é gratuito, mas é preciso pagar para receber um certificado e feedback dos professores.
Inscrições aqui: https://www.udacity.com/course/ud853

 

4) Desenvolvimento de aplicativos web

Não quer Android? Sem problemas: este curso já trata de aplicativos web, que ficam baseados na nuvem e usam o navegador como interface de usuário. As aulas partem do básico e vão até o avançado, passando por padrões de design, interação com bancos de dados e Ruby on Rails. Tudo está dividido em seis módulos, e é recomendo ter conhecimentos prévios em C++, C#, Python, Java ou Ruby. Leituras adicionais serão indicadas pelo professor Greg Heileman, da Universidade do Novo México. O idioma do curso é inglês, mas a presença de legendas em inglês deve tornar as coisas um pouco menos complicadas.

Duração: Começa em 11 de agosto e vai até 22 de setembro.
Inscrições aqui: https://www.coursera.org/course/webapplications

 

5) Design e desenvolvimento de tecnologia educacional

O uso de tecnologia na educação é algo que deve crescer bastante não só lá fora, mas também aqui no Brasil (veja esta entrevista aqui para saber mais). Portanto, saber como criar soluções adaptadas para salas de aula é algo que pode valer a pena – e é nisso que foca este curso. Baseado em entrevistas com especialistas na área, ele mostrará diferentes teorias e propostas de aplicação, e terminará com o planejamento de um projeto a ser custeado por crowdsourcing. Ele é todo em inglês e exige participação ativa dos alunos toda semana, mas, ao final, dá para conseguir um certificado de conclusão fazendo uma doação ao edX.

Duração: Começa em 8 de outubro e dura seis semanas.
Inscrições aqui: https://www.edx.org/course/mitx/mitx-11-132x-design-development-2686

 

6) Introdução à cibersegurança

Não é exatamente fácil entender os conceitos da cibersegurança, mas este curso do Instituto Nacional de Cibersegurança deve dar uma boa base. Ele tratará de padrões e legislação, além de ataques cibernéticos comuns e técnicas para “identificar, detectar e defender sistemas contra ameaças”. Alunos também deverão entender melhor o básico de segurança “pessoal, física, de rede, da web e de redes sem fio”, entre outros temas. O professor é Gary M. Jackson, cientista chefe da Leidos.

Duração: Começa em 22 de setembro e vai até 23 de novembro.
Inscrições aqui: https://www.canvas.net/courses/introduction-to-cybersecurity-1

 

7) Computação: Arte, Mágica, Ciência

Com nome de curso mais básico, ele foca nos princípios da Tecnologia de Informação moderna. O nome brinca com a ideia de que a computação é arte, mágica e ciência, tudo ao mesmo tempo, e as aulas falarão do básico de programação – para que o usuário não seja mais só um consumidor –, passando antes por uma introdução ao cenário atual. Sessões de prática, para tirar os ensinamentos de desenvolvimento do papel, estão previstas, é claro.

Duração: Começa em 30 de setembro e dura sete semanas.
Inscrições aqui: https://www.edx.org/course/ethx/ethx-camsx-computing-art-magic-science-2511#.U9v1oPldWAV

 

8) Metadados: Como organizar e encontrar informações

Falamos de dados no segundo curso desta lista, e voltamos a falar deles aqui. Mas o foco destas aulas é um pouco diferente, e envolve especialmente os metadados – os dados sobre dados, em uma explicação mais simples, usados para quase tudo envolvendo a ciência da computação hoje. Os módulos tratarão de descrever melhor esse tipo de informação, mostrando inclusive como ele é usado como uma fonte de informações na web, em bancos de dados e em aplicações ao nosso redor. Uma boa não só para entender isso, mas também para aprender como criar e avaliar metadados. O professor é Jeffrey Pomerantz, da Universidade da Carolina do Norte, e o material está em inglês – mas há opção de legendas para tornar as coisas um pouco menos complexas.

Duração: Começou em 14 de julho e vai até 8 de setembro.
Inscrições aqui: https://www.coursera.org/course/metadata

 

9) Obtendo e limpando dados

Mais um pouco de dados e big data: o curso mostra, em resumo, como obter e separar dados de diferentes fontes, úteis de inúteis dependendo da aplicação que você tem em mente. As aulas mostrarão como conseguir informações da web, de APIs, bancos de dados e outros lugares distintos. Depois, mostrará os básicos de como analisá-las corretamente, fazendo a “limpeza” adequada.

Duração: Começa em 4 de agosto e vai até 1º de setembro.
Inscrições aqui: https://www.coursera.org/course/getdata

 

10) Aprendendo a partir de dados

Já sabe o que são os dados, mas quer saber o que dá para tirar deles? Pois bem, o nome deste curso já diz quase tudo – mas o foco não é bem você, e sim máquinas. As lições, segundo a descrição, seguirão um ritmo de “história”, discutindo o que é aprendizado, questionando se máquinas podem mesmo aprender e mostrando como fazer isso direito. É algo complexo, a as aulas exigirão entre 10 e 20 horas por semana de dedicação do usuário, que precisa entender inglês relativamente bem para aproveitar tudo. O professor é o Dr. Yaser S. Abu-Mostafa, de engenharia elétrica e ciência da computação no Instituto de Tecnologia da Califórnia, o renomado Caltech. Ele também é autor do livro “Learning From Data”, que trata justamente deste assunto.

Duração: Começa em 25 de setembro e dura dez semanas.
Inscrições aqui: https://www.edx.org/course/caltechx/caltechx-cs1156x-learning-data-2516#.U9v12vldWAV

Fonte: Revista Exame.

Big Data no e-Learning

7 Aug

O Big Data é utilizado em tecnologia da informação para armazenar grande quantidade de dados. É a ferramenta de gestão do momento utilizada no mundo inteiro pelas grandes empresas em diversos nichos.

Podemos aproveitar os benefícios do Big Data na educação para armazenar, localizar e extrair dados que permitem mapear e analisar informações importantes para definir práticas pedagógicas mais eficientes e obter melhores resultados. Mas se ele é tão importante, especialmente na tomada de decisão, por que o mercado educacional utiliza pouco esse recurso? Podemos associar a falta de uso desta ferramenta ao desconhecimento dos professores e dos profissionais de RH, responsáveis pelos programas de educação corporativa. A tendência é que professores e profissionais de RH se aproximem cada vez mais da área de TI e aproveite os recursos de Big Data para entender melhor os alunos analisando as informações extraídas e disponibilizando as melhores soluções educacionais.

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Atualmente, para armazenar os dados dos alunos e dos cursos, o mercado de e-learning utiliza os recursos do SCORM (Sharable Content Object Reference Model), que é um conjunto de normas técnicas utilizadas nos cursos online. O padrão SCORM é responsável pela comunicação entre o curso online e o LMS (Learning Management System) que mostra os dados em formato de relatório. O SCORM define duas categorias de metadados: do curso e do estudante. O metadados do curso é relacionado ao conteúdo e aos recursos que fornecem meios para busca e recuperação de objetos em repositórios. A outra categoria é utilizada para rastrear os perfis e performances dos alunos. O SCORM também descreve métodos para conduzir as comunicações entre o curso e o LMS. Inclui a comunicação sobre a situação do curso, ou seja, quais materiais estão sendo apresentados para o estudante, assim como informações sobre o progresso do aluno durante o curso. Basicamente, o padrão SCORM apresenta apenas as seguintes informações: quem realizou o curso, qual a nota obtida, quantos acessos e onde parou no curso. Os dados disponibilizados pelo SCORM são poucos, comparados aos recursos que a ferramenta de Big Data pode oferecer. Sua grande vantagem é o reaproveitamento dos cursos para funcionar em diversas plataformas (LMS) que utilizam este padrão.

O Big Data permite trabalhar com grandes volumes de dados, ao contrário do padrão SCORM que só possibilita quatro ou cinco informações/relatórios. Com os diversos dados, podemos transformá-los em informações úteis para melhorar as formas de ensino/aprendizado. Também podemos identificar habilidades que precisam ser desenvolvidas entre os alunos para alinharem-se às necessidades ou tendências de mercado. O objetivo é tirar o máximo proveito dos recursos e dispositivos tecnológicos disponíveis para apurar dados, entender os alunos, mapear suas competências e investir em treinamentos adequados com precisão e inteligência.

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Assim como Netflix possui sistema de recomendação de filmes para cada usuário, com o Big Data no e-learning, podemos, por exemplo, recomendar cursos aos alunos e definir trilhas de aprendizagem baseadas em suas referências de estudo e necessidades de formação destinada a sua atuação profissional. Use, extraia os dados dos cursos e dos alunos e faça um bom proveito desta tecnologia que já está disponível na área educacional.

O modelo de negócio do MOOC

2 Aug

Os cursos no formato MOOC (Massive Open Online Course) chegaram com força no Brasil. A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Brasília (UnB) já disponibilizam cursos neste formato. A Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP) também criou um projeto piloto de língua portuguesa com a plataforma Redu que teve 5 mil inscritos.

A primeira Universidade a apostar no MOOC foi a Stanford em 2011 com o curso de Inteligência Artificial que atraiu 160 mil alunos. Atualmente, a principal plataforma desta modalidade é o Coursera.org que reúne 62 instituições e tem aproximadamente 4 milhões de usuários.

O grande problema do MOOC é a taxa alta de evasão. Como os cursos são livres, gratuitos e qualquer pessoa pode fazer a inscrição, muitos alunos não concluem os estudos. O desafio para solucionar esse problema é pensar em estratégias para fazer com que os alunos cheguem ao fim dos cursos.

Além da evasão, outro problema encontrado pelas universidades que oferecem MOOCs é como comprovar o que o aluno aprendeu. Os métodos de avaliação não estão consolidados. Para obter um certificado em alguns cursos é preciso fazer uma prova presencial. Algumas plataformas que oferecem os cursos no formato MOOC, como o Coursera.org, já estão cobrando dos alunos para realizar a prova e emitir o certificado. Acredito que esse formato será o modelo de negócio adotado pelas instituições que oferecem os cursos nas principais plataformas.

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Você pode encontrar MOOCs nas principais plataformas:

edX – http://www.edx.org/
Plataforma criada pelas universidades americanas Harvard e Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Coursera –
http://www.coursera.org/
Existe o projeto Coursera Brasil em parceria com a Fundação Lemann.

Udacity – http://www.udacity.com/
Oferece cursos online gratuitos na área de Tecnologia e Ciências.

NovoEd – http://www.novoed.com/
Plataforma criada pela Universidade de Stanford.

Veduca – www.veduca.com.br
O portal possui os MOOCs de Física Básica e Probabilidade e Estatística, que já contam com mais de 14 mil inscritos.

Mooc de língua portuguesa – www.redu.com.br/moocs/preview
Projeto piloto PUC-SP em parceria com a plataforma Redu.

 

Referências:
pinterest.com/serkanokur/infographics/
estadao.com.br/educacao
studyusa.com/blogs/studylifeusa

Como escolher o formato adequado de cursos online para multiplataforma

10 Apr

Os diversos cursos e-learning desenvolvidos e utilizados atualmente nas empresas não se adaptam aos dispositivos móveis. A maioria deles foi desenvolvido com resolução de tela para monitores sem tecnologia touch screen de computadores desktop com os padrões de 800 por 600 ou 1024 por 769 pixels e com a tecnologia Flash da empresa Adobe Systems. Os dispositivos móveis mais utilizados têm monitores menores com touch screen e não aceitam a tecnologia Flash. Portanto, os cursos e-learning desenvolvidos pelas principais universidades corporativas do Brasil são incompatíveis com os dispositivos móveis. Os dispositivos móveis mais utilizados atualmente como smartphones e tablets mudaram a tradicional interação humano-computador com a substituição do uso do mouse, pois esses dispositivos utilizam a tecnologia touch screen (tela sensível ao toque).

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A utilização de dispositivos móveis não para de crescer, de acordo com a pesquisa da empresa Gartner, a rápida proliferação dos dispositivos móveis de consumidores está mudando o ambiente tradicional de TI nas empresas, sendo que 90% das companhias já implementaram dispositivos móveis – a maioria smartphones – e 86% das empresas pesquisadas disseram que pretendem também utilizar tablets. A pesquisa foi realizada com mais de 900 empresas que possuem mais de 500 funcionários e Data Centers in-house no Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Austrália, Rússia, Índia, China e Japão.

Já desenvolvi cursos online em diversos formatos. Acredito, que a melhor opção atualmente para a produção de e-learning no padrão SCORM para hospedagem em LMS (Learning Management System) é no formato HTML5 que funciona em PCs, tablets e smartphones (multiplataforma) como, por exemplo, nos browsers e sistemas operacionais abaixo:

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A linguagem de programação HTML5 (Hypertext Markup Language – versão 5) ainda não está consolidada oficialmente. Segundo a W3C, seu lançamento está previsto para 2014, porém, diversos navegadores já implementaram algumas de suas funcionalidades. O HTML5 é muito utilizado para desenvolvimento de aplicações multiplataforma. Sua eficácia foi comentada por Steve Jobs antes do seu falecimento, quando ele proibiu o uso de Adobe Flash nos dispositivos na Apple (iPad, iPod e iPhone) e indicou o HTML5 como tendência.

Formatos

  • Aplicativo Web

Um Web App é um aplicativo que é acessado via internet ou intranet através de um navegador (browser) que suporta a linguagem de programação que o app foi desenvolvido, como por exemplo HTML5, JavaScript, CSS, ActionScript. Neste recurso, o browser é fundamental para tornar o aplicativo executável. Um aplicativo web é quando ele carrega diretamente no navegador. Sua vantagem é facilidade de atualização e a distribuição sem instalação de software.

  • Aplicativo Nativo

Aplicativos nativos são personalizados para o aparelho desejado com o objetivo de obter maior desempenho de processamento, áudio, acelerômetro, gravação de dados local, GPS, navegação touch screen etc. As principais linguagens de programação são: Objective C (iOS), Java (Android) e Cascade (BlackBerry).

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Portabilidade

A portabilidade é maior no web app. Seu desenvolvimento, manutenção e atualização é realiza uma única vez e funciona em multiplataforma. Já no caso do app nativo, cada dispositivo tem o seu código e características de desenvolvimento. A linguagem de programação é diferente. Desta maneira, a manutenção e evolução são realizadas separadamente para cada dispositivo, aumentando seus custos e o tempo de implantação das atualizações.

Recursos para desenvolver conteúdo multiplataforma em HTML5

1) Conteúdo na tela
É possível ir além dos limites vertical e horizontal, com uso de caixas de rolagem, pop-up e slideshow é possível ter mais conteúdos nas páginas.

2) Pense na usabilidade
Evite elementos próximos demais e menores que 44 pixels por causa do touch screen. A sinalização dos recursos interativos é crucial. Educar o usuário e guia-lo neste novo ambiente é fundamental no planejamento instrucional.

3) Novas possibilidades gestuais (touch screen e acelerômetro)

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5) Sai a seta de Avançar/Voltar e entra o slide
Esse recurso é muito utilizado para navegar entra as telas do curso virtual. É programado em JavaScript através do código:

$("body").on(‘swiperight’, swiperightHandler);
$("body").on(‘swipeleft’, swipeleftHandler);

6) Resolução da tela
Para ajustar o curso no tablet e no PC, a resolução indicada é 1024 X 600. No smartphone, podemos utilizar a resolução de 960 X 640. Portanto, para desenvolver um curso para os três dispositivos (PC, smartphone e tablet) utilize a menor resolução (960 X 640) ou o recurso “media query” para criar um layout diferente para cada tamanho de tela. O media query é utilizado para criar o design responsivo do aplicativo.

7) SCORM
O mesmo padrão SCORM utilizado nos cursos tradicionais em Flash funciona no HTML5.

8) Touch Screen

O recurso Over (mouseover) não existe em dispositivos com touch screen. Utilize no lugar deste recurso o “:active” que funciona quando o dedo está pressionando um elemento interativo.

9) Interatividade
Para customizar os botões, checkboxs e radiobuttons, crie sprites (mapa de imagens) configure manualmente o seu “comportamento”. A utilização de interações de “clicar e arrastar” pode conflitar com a função de “slide” da navegação do curso.

10) Rede Social
Utilize a função Share (compartilhar) das redes sociais Facebook, Google+ e Twitter no seu curso online. O aluno tem a opção de compartilhar a informação como o inicio ou o fim de um curso em sua rede social.

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Conclusão

Para o desenvolvimento de cursos online para multiplataforma devemos considerar os custos de produção e de manutenção/atualização do aplicativo, assim como as funcionalidades e recursos que ele possui. Outro fator importante é a possível reutilização do curso com o padrão SCORM ou AICC que deve enviar os relatórios de desempenho do aprendiz para o LMS armazená-los.

Desta maneira, cabe a cada gestor de e-learning fazer a opção que melhor lhe atende levando em consideração: custo, manutenção, atualização, reutilização e acesso ao curso através dos dispositivos utilizados pelos usuários.

Online pode ser melhor que curso presencial

9 Apr

As principais universidades norte-americanas se lançaram de cabeça no ensino online gratuito. Ano passado, Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) criaram o edX, uma plataforma de cursos abertos para massas (MOOCs, na sigla em inglês). Cada instituição se comprometeu a investir US$ 30 milhões. Meses antes nascia o Coursera, que hoje reúne cursos de 62 universidades, como Stanford e Columbia. Não à toa, 2012 foi eleito o ano dos MOOCs pelo jornal The New York Times.

Só o edX já tem 800 mil alunos inscritos – incluindo 23 mil brasileiros – em 23 cursos: sete do MIT, seis de Harvard, seis da Universidade da Califórnia e quatro da Universidade do Texas.

O mais popular é o de Circuitos e Eletrônica, ministrado por Anant Agarwal, com cerca de 150 mil alunos. Professor do MIT, o indiano foi convidado para ser o primeiro presidente do edX. “Tudo que o aluno precisa é ter vontade de aprender e conexão à internet”, disse ele ao Estado, em sua primeira entrevista à imprensa brasileira.

Os cursos não têm apenas videoaulas expositivas, mas também exercícios e avaliações virtuais. Ao contrário do ensino a distância tradicional, nessa modalidade não há a figura do tutor e grande parte da aprendizagem se dá pela interação entre os alunos nos fóruns de discussão. Quando aprovados, os estudantes recebem um certificado do edX.

“Num futuro não tão distante será comum para as universidades reconhecerem créditos dos MOOCs”, diz Agarwal, que fará na quinta-feira a conferência de encerramento doTransformar, um evento em São Paulo sobre inovação e tecnologia na educação.

Para que servem os MOOCs e quais as vantagens deles?
Promover o acesso de alunos de qualquer lugar do mundo à educação é um grande benefício. Outro, para a universidade, é que ela não precisa sair do câmpus para oferecer cursos. E quando você tem um curso online combinado com ajuda pessoal de um professor, no formato híbrido (blended), descobrimos que a qualidade supera de longe a dos cursos tradicionais presenciais. Assim, um dos grandes benefícios para as universidades também é poder aumentar muito a qualidade da educação no câmpus.

Há quem critique a falta de contato entre aluno e professor.
Mais de uma geração de alunos cresceu com as redes sociais, enviando mensagens de texto e batendo papo virtualmente. São pessoas que se sentem confortáveis em aprender online. Fizemos uma pesquisa com alunos que completaram o curso de Circuitos e Eletrônica. Pedimos para eles compararem o curso online com o tradicional. Os resultados foram surpreendentes: 36% dos alunos disseram que a experiência online foi melhor que a presencial e 63% acharam tão bom quanto. O curso online é muito bom, mas ter contato com um instrutor só melhora o aprendizado.

Como motivar os alunos?
Os cursos do edX são rigorosos. São os mesmos ensinados nos câmpus e a taxa de aprovação varia de 5% a 20%. Isso significa que até 95% dos alunos podem não ser aprovados porque abandonam ou não têm desempenho suficiente. Fora isso, muitos terminam os cursos e não pedem o certificado. Não sabemos quantos podem estar fazendo isso. Então, precisamos ter cuidado com estatísticas. Além disso, os alunos têm de levar o curso a sério e ser ativos, clicar em pelo menos um exercício ou dever de casa. Para os alunos com postura ativa, mas que não conseguem passar, temos várias ideias para engajá-los. Um professor, por exemplo, acessa os fóruns dos alunos, identifica as dificuldades e toda semana produz um vídeo com os pontos fracos. Outra maneira é oferecer material que ajude o aluno, porque às vezes ele não tem o background para acompanhar o curso. Para fazer meu curso de Circuitos é necessário saber equações diferenciais. Mas não ensinamos isso no edX. Então eu sugiro que o aluno assista às videoaulas de Salman Khan (que, aliás, foi meu aluno no MIT). Podemos ainda oferecer cursos híbridos, com apoio de um professor local, o que aumenta a taxa de sucesso. Fizemos isso com a Universidade Estadual de San Jose, da Califórnia. Os alunos assistiram aos vídeos, fizeram exercícios e depois seguiram para aula discutir com o professor. Os resultados foram incríveis. Tradicionalmente este curso tinha uma taxa de reprovação de 21%, mas com o edX caiu para 9%.

Como construir uma relação mais íntima com os alunos?
Acho que a intimidade já existe. Eu, por exemplo, gravo as aulas no mesmo estilo de Salman Khan, escrevendo em um tablet. Recebo e-mails de alunos dizendo que sentem como se estivessem ao meu lado me vendo explicar os conceitos. Eles acham essa relação muito pessoal. É melhor do que ficar na última fileira de um auditório para 500 pessoas vendo uma aula.

Vocês pesquisam o impacto dos MOOCs na educação superior. O que descobriram?
Estamos capturando dados dos alunos no edX: como eles aprendem, de onde vêm, quais exercícios acertam e quais erram, que tipo de material usam. Com isso podemos melhorar o modo pelo qual eles aprendem. Em um curso, separamos os alunos em dois grupos para verificar quem se sairia melhor de acordo com as ferramentas que utilizavam. Em outro caso, um professor de Harvard quis saber, com base nos dados gerados pela plataforma, quais recursos os alunos utilizavam em diferentes momentos. Ele descobriu que, quando os alunos resolvem o dever de casa, acessam bastante os vídeos. Mas quando fazem o exame final, olham muito o livro-texto.

O governo de São Paulo lançou um programa de inclusão de alunos de escolas públicas nas universidades estaduais que prevê, para parte dos cotistas, um curso semipresencial de dois anos, com certificação. Se aprovado, haverá uma formação generalista com o objetivo de chegarem mais preparados à universidade. O projeto recebeu críticas porque, entre outros motivos, os alunos de escolas públicas teriam menos atenção nesse modelo. Qual sua opinião?
Acho que uma maneira de o ensino superior se desenvolver é, em vez de trazer os alunos para os câmpus por quatro anos, deixá-los fazer disciplinas online por um ano, depois passar dois anos na universidade e, no último ano, fazer um estágio e mais atividades online. Esse projeto parece uma boa ideia, mas eu teria de olhar mais a fundo a plataforma, para saber como ela é. Muitas ainda estão em desenvolvimento. Ela terá um componente social forte? Haverá fóruns de discussão? Como será a interface do usuário? Tudo isso é importante para manter o aluno motivado. Eu teria de conhecer esses aspectos, mas pode ser uma boa ideia se a plataforma for muito boa.

 

Fonte: Estadão